quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Empreendedores do Brasil...


Abaixo um texto de Bianca Colepicolo, copiado do Face book

Sou empreendedora e me sinto criminosa. Uso minha força, meu tempo e minha inteligência para criar negócios, gerar empregos e fortalecer a economia local, mas meu país o tempo todo me diz: você está fazendo errado. 
Sou empreendedora e uso cada centavo que ganho para expandir meu negócio, mas meu país me diz: pare com isso, arrume um emprego. Porque no meu país, que não sabe o que é, quer ser capitalista mas finge ser socialista, finge que incentiva as pessoas como eu que querem empreender mas na verdade só incentiva os bancos a crescerem as minhas custas e os burocratas a me intimidarem com seus papéis e carimbos. No meu país, ser emprendedor é o mesmo que andar fora da linha. Vivo com medo do fiscal, da vigilância, do bombeiro, do processo trabalhista...me escondo deles como se fosse, de fato, criminosa. Não preciso fazer nada de errado para isso, estou errada no momento em que rejeitei minha carteira assinada e disse que poderia andar com minhas próprias pernas. Cobram de mim e do meu pequeno negócio com a mesma rigidez de uma grande indústria. Por eu movimentar a economia, não seria mais lógico me ajudarem a cumprir as leis? Não há um reconhecimento do meu esforço e sim uma chibata. 
Eu nem peço que facilitem minha vida. Eu quero só entender: nosso modelo é do "american dream" ou o cubano? É bonito aos olhos do Brasil correr atrás do sonho ou devo carregar uma culpa cristã por isso?
Sabendo, pelo menos posso me posicionar. Sou empreendedora mas não sou por ganância ou falta de oportunidade no mercado. Sou empreendedora por sonho. É crime sonhar? É crime gostar de trabalhar no meu país?

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